Belém foi a sede do encontro preparatório para o Encontro Norte da Juventude pelo Meio Ambiente, que acontecerá no mês de Julho de 2010, e para que tal encontro seja realizado com sucesso total na cidade de Palmas, no Tocantins, um grupo de jovens se reuniu em Belém para pensar os momentos essenciais do encontro. Foi lá que eu, tomei conhecimento do encontro das COM-VIDAS que seria realizado na ilha de Colares. Confesso que eu não estava animado para ir para o encontro, pois estava me organizando com um amigo para ir a uma outra cidade para um turismo mais pessoal. Porém, depois de muito
refletir e por perceber que não gostaria de estar longe dos amigos decidi ir até Colares para o referido encontro.
A viagem foi totalmente desconfortante, pois a empresa de transporte que nos levaria até a cidade, vendeu mais passagens do que a capacidade do ônibus, e portanto tivemos que nos equilibrar nos movimentos que o mesmo fazei na estrada, haja visto que, estavamos em pé por falta de ascento para que pudessemos descançar enquanto faziamos a viagem. Um dos momentos mais bonitos da viagem foi quando fizemos a atrevessia de balsa, já que o rio tinha uma coloração esverdeada, que muito lembrava o mar. E nós nem imaginavamos o que nos esperava ao chegar na cidade de Colares.
Ao chegar, eu tive a melhor visão da cidade que poderia imaginar, pois ao final da rua principal via-se uma pequena parte do mar infinito (ou seria rio infinito???), que ia se alargando a cada passo que davamos em direção ao centro paroquial, onde os pequenos jovens desta linda cidade estavam
reunidos, tratando de assuntos importantes e de pouca relevância para a maior parte da sociedade: O Planeta Terra, sua doença infidável e as possíveis formas de saLvá-lo.
Ao entrarmos nos Centro Paroquial, nos deparamos com adolescentes, que estavam discutindo como a COM-VIDA pode contribuir com a mitigação dos efeitos maléficos ao Ambiente e ao Planeta, frase esta a primeira que ouvi ao colocar os meus pés no centro, vindo de um filme que era cuidadosamente e curiosamente observada pelos jovens (e futuros CJ's).
Como estavam todos muito concentrados no filme, não me contive em correr à praia, escrever em letras bem garrafais: CJ: AC – RO – RR – AM – MT – MA – PA – AP – TO. Estados da Amazônia legal que estavam presentes no encontro preparatório que teria terminado um dia antes em Belém, e que contava com a presença de jovens dos estados acima citados para poder demonstrar ao Brasil, e de forma especial ao Planeta, que estamos aqui para juntos tentarmos salvar o que ainda resta de lindo desse lugar chamado Terra. E, é claro para registrar este momento com uma fotografia para aposteridade.
Ao retornar para o Centro Paroquial, os jovens estavam ouvindo a explanação da Diretora da Escola Sede, e ela dizia que a escola sempre estará de portas abertas para a comunidade e para que os jovens possam usar este espaço de educação e de transformação social para o trabalho daCOM-VIDA, do CJ ou algum outro trabalho que seja construtivo. Em seguida os CJ's presentes
foram apresentados pelo nosso amigo Jorge do CJ-PA, que nos chamou para que cada um pudesse falar algumas palavras encorajadoras a estes adolescentes, e eu fiquei muito emocionado ao vê-los todos me olhando com uma certa ansiedade e com entusiasmo. Eu disse logo de início, que eles
eram privilegiados por viverem em um lugar lindo e a beira mar, e que cada um deveria ter um sentimento de pertença muito particular e peculiar como e aquele lugar afrodisíaco. Que o ambiente em que vivemos só poderá ser melhor, se assim nós o fizermos e que assim como eu aqui no meio
da Floresta Amazônica, as vezes não me encanto com as árvores e somente percebo o valor das mesmas quando recebo uma pessoa de outra localidade, que para eles deveria ser muito estranho alguém de outro lugar falar que Colares é lindo e que tem que ser preservada e etc e tal. Mais que quando estamos longe de casa, é que sentimos realmente a saudade de nossas vidas, junto às árvores e ou à praia, independentemente de onde moramos ou estejamos.
Conversando com o professor que acompanha estes jovens adolescentes (infelizmente eu esqueci o nome do professor – problemas da idade), ele nos relatava que Colares está ardendo com as queimadas, que os moradores queimam somente pelo prazer de queimar e muitas vezes pela pura preguiça de recolher os detritos produzidos por eles mesmos em seus terrenos, casas e etc. Que muitas vezes é possível perceber as queimadas próximos às pedras ao redor da praia, e que nada é feito, por uma questão cultural. Dizem: É normal queimar, meu pai queimava, porque eu não posso queimar também? São pessoas como estas que acabam assinando o atestado de incompetência de nossa geração e eu não quero ser lembrado pelos meus filhos e principalmente pelos meus netos como o cara que poderia ter feito alguma coisa para proteger e para preservar e não fez nada por preguiça,
comodismo ou qualquer outro adjetivo que possa se enquadrar neste momento. É por isso que eu faço a minha parte, e espero ter podido ajudar de alguma forma estas pessoas lindas que conheci em Colares.
Ainda neste mesmo dia tive a grata oportunidade de participar de uma oficina com os jovens adolescentes de Colares sobre Comunicação, e quando da dinâmica de apresentação percebemos que os mesmos são meio tímidos, porém, percebi um potencial enorme em todos os presentes na oficina, por isso, gostaria muito de ter tempo suficiente para fazer um vídeo com eles utilizando à metodologia Cala a Boca Já Morreu de Educomunicação em Vídeo, porém, não foi possível, pois o mediador do grupo, Gilson do CJ-PA tinha preparado uma explanação de acordo com a realidade dos jovens, mesmo assim abriu um pouco do seu tempo para que pudéssemos tentar fazer o vídeo, porém, por conta do pouco tempo que tínhamos infelizmente não foi possível realizar tal vídeo.
Ainda á noite, estávamos jantando em uma lanchonete local quando descobri na verdade, porque os Paraenses falam tanto no Vatapá. Aqui em Rio Branco no Acre, nós, os acreanos comemos o vatapá como uma mistura junto a algum outro prato principal. No Pará, os paraenses comem o vatapá como prato principal acompanhando somente o arroz. Foi esta riqueza de culturas que me fez apaixonar ainda mais pelo meu Brasil, e espero que eu tenha de alguma forma contribuindo para que estas pessoas que passaram pela minha vida em tão pouco tempo tenham também se apaixonado por pouco que seja pelo seu país, por sua gente, e por sua cultura.
A volta para casa foi um misto de tristeza e alegria: Tristeza, porque não pude conhecer todos os lugares, todas as pessoas e toda a cultura do Pará, e alegre porque voltar pra casa naquele momento onde eu trazia muita experiência e a alegria de alguns jovens de colares, me dava mais força para trabalhar e para trazer novos CJ's para o Acre e para Rio Branco. Rio Branco faz agora no dia 28 de Dezembro - 127 anos de fundação, o CJ-AC faz em 2010 - 7 anos de atuação, eu faço no próximo mês de Março - 4 anos de CJ-AC e em Outubro faço 29 anos de idade. Todas estas datas me fazem lembrar que eu já não tenho mais 15 ou 20 anos e que, tenho que deixar novas pessoas tomarem
seus lugares para, como nós falamos aqui por estas terras, o CJ possa BOMBAR. Fico muito triste com esta constatação, porém, me deixa alegre saber que a juventude se renova sempre e que assim
como em Colares, aqui em Rio Branco vamos também ter renovação e empolgação a se espalhar por todo o Brasil.
Abraços Coletivos a todos que por ventura venham ler este texto. De um acreano que sonha ainda,que um outro mundo é SIM possível. Abreijos a todos os CJ-PA e a todos os jovens-adolescentes da
COM-VIDA de Colares.
“CJ aqui, CJ lá, CJ em qualquer lugar.”
Fábio Luiz
CJ-AC.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Sim, Chegou 2010.
Sim, 2010 chegou! Ou melhor, a contagem do tempo virou a sua página para um novo capítulo, um novo volume da biografia de cada um. Isto porque tempo não chega nem vai, mas escoa continuamente. A contagem do tempo é coisa da mente humana. O universo, especialmente o sistema solar, não tem portas por onde os astros passem pois a evolução sideral é contínua, sem referenciais daquilo que estipulamos chamar de tempo. Mas como na nossa mente existe essa sensação cronológica, aceitamos isso. E como vamos considerar essa partição? ... a idéia que vem é a de um começar de novo, como se fosse a execução de uma partitura musical, que tem um capo e uma coda (inicio e fim). Cada ano é como se fosse uma obra musical. Então, como será a partitura de nossas vidas cujo título será Sinfonia da minha vida em 2010? Acredito que a abertura esteja acontecendo nesses primeiros dias do calendário, delineando o tema principal, representado pela definição de nossas esperanças, nossos projetos, nossas metas, nossas expectativas. Acontecerão eventos que serão resultado de nossa vontade mas também ocorrerão fatos que independem de nosso desejo, alguns deles chamados acidentes de percurso. Alguns desses acidentes de percurso serão obstáculos para a realização de nossos projetos pessoais e de trabalho, tais como falta de recursos, enfermidades, interrupções de oportunidades etc. Para tanto devemos estar mais do que preparados. A vida não se desenvolve unicamente conforme o nosso querer, graças a Deus. Se assim fosse, haveriam muitos desastres, injustiças etc. O que precisamos ter em mente na execução dessa partitura entitulada de 2010 é a nossa fidelidade ao Senhor e o nosso respeito ao próximo na mesma medida como respeitamos a nós mesmos. Se voltarmos os olhos da memória para a "partitura" de 2009 podemos identificar as "notas" erradas que executamos e ficarmos mais atentos para a técnica de execução do nosso "instrumento musical", que é o conjunto formado pela nossas vontades e atitudes. Cuidado especial deveremos ter com uso da nossa língua, tanto a natural quanto a digital, conforme a recomendação expressa no livro Tiago na Bíblia Sagrada.
Que o Senhor nos reja na execução desse concerto!
Que o Senhor nos reja na execução desse concerto!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Bom Ano novo. 2010.
De repente, num instante fugaz as taças de champagne, se cruzam e o vinho(seja qual for a marca, o que importa mesmo é a alegria)borbulhante anuncia que o ano velho se foi e o ano novo chegou.
De repente, os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam e os seres humanos, num abraço caloroso, num só pensamento, exprimem um só desejo e uma só aspiração:
PAZ E AMOR.
De repente, não importa a nação, não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque todos são humanos e descendentes de um só Pai, os Homens lembram-se apenas de um só verbo: AMAR.
De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio, os Homens cantam uma só canção, um só hino, o hino da liberdade.
De repente, os Homens esquecem o passado, lembram-se do futuro venturoso, de como é bom viver.
De repente, os Homens lembram-se da maior dádiva que têm: A VIDA.
De repente, tudo se transforma e chega o ano radiante de esperança, porque só o homem pode alterar os rumos da vida.
De repente, o grito de alegria, pelo novo ano que aparece.
Bom Ano Novo
\o/
De repente, os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam e os seres humanos, num abraço caloroso, num só pensamento, exprimem um só desejo e uma só aspiração:
PAZ E AMOR.
De repente, não importa a nação, não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque todos são humanos e descendentes de um só Pai, os Homens lembram-se apenas de um só verbo: AMAR.
De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio, os Homens cantam uma só canção, um só hino, o hino da liberdade.
De repente, os Homens esquecem o passado, lembram-se do futuro venturoso, de como é bom viver.
De repente, os Homens lembram-se da maior dádiva que têm: A VIDA.
De repente, tudo se transforma e chega o ano radiante de esperança, porque só o homem pode alterar os rumos da vida.
De repente, o grito de alegria, pelo novo ano que aparece.
Bom Ano Novo
\o/
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Copenhague por: Leonardo Boff
Diante do texto que iremos apreciar, Leonardo Boff de forma clara e objetiva, esclarece porque é tão dificil mudar o nosso cotidiano.
Fica a esperança de organização da Sociedade para que Junt@s possamos quem sabe mudar a rotina?
-Uma jovem e talentosa atriz de uma novela muito popular, Beatriz
Drumond, sempre que fracassam seus planos, usa o bordão:”É a treva”.
Não me vem à mente outra expressão ao assistir o melancólico desfecho
da COP 15 sobre as mudanças climáticas em Copenhague: é a treva! Sim,
a humanidade penetrou numa zona de treva e de horror. Estamos indo ao
encontro do desastre. Anos de preparação, dez dias de discussão, a
presença dos principais líderes políticos do mundo não foram
suficientes para espancar a treva mediante um acordo consensuado de
redução de gases de efeito estufa que impedisse chegar a dois graus
Celsius. Ultrapassado esse nível e beirando os três graus, o clima não
seria mais controlável e estaríamos entregues à lógica do caos
destrutivo, ameaçando a biodiversidade e dizimando milhões e milhões
de pessoas.
O Presidente Lula, em sua intervenção no dia mesmo do encerramento, 18
de dezembro, foi a único a dizer a verdade:”faltou- nos inteligência”
porque os poderosos preferiram barganhar vantagens a salvar a vida da
Terra e os seres humanos.
Duas lições se podem tirar do fracasso em Copenhague: a primeira é a
consciência coletiva de que o aquecimento é um fato irreversível, do
qual todos somos responsáveis, mas principalmente os paises ricos. E
que agora somos também responsáveis, cada um em sua medida, do
controle do aquecimento para que não seja catastrófico para a natureza
e para a humanidade. A consciência da humanidade nunca mais será a
mesma depois de Copenhague. Se houve essa consciência coletiva, por
que não se chegou a nenhum consenso acerca das medidas de controle das
mudanças climáticas?
Aqui surge a segunda lição que importa tirar da COP 15 de Copenhague:
o grande vilão é o sistema do capital com sua correspondente cultura
consumista. Enquanto mantivermos o sistema capitalista mundialmente
articulado será impossível um consenso que coloque no centro a vida, a
humanidade e a Terra e se tomar medidas para preservá-las. Para ele
centralidade possui o lucro, a acumulação privada e o aumento de poder
de competição. Há muito tempo que distorceu a natureza da economia
como técnica e arte de produção dos bens necessários à vida. Ele a
transformou numa brutal técnica de criação de riqueza por si mesma sem
qualquer outra consideração. Essa riqueza nem sequer é para ser
desfrutada mas para produzir mais riqueza ainda, numa lógica obsessiva
e sem freios.
Por isso que ecologia e capitalismo se negam frontalmente. Não há
acordo possível.O discurso ecológico procura o equilíbrio de todos os
fatores, a sinergia com a natureza e o espírito de cooperação. O
capitalismo rompe com o equilíbrio ao sobrepor-se à natureza,
estabelece uma competição feroz entre todos e pretende tirar tudo da
Terra, até que ela não consiga se reproduzir. Se ele assume o discurso
ecológico é para ter ganhos com ele.
Ademais, o capitalismo é incompatível com a vida. A vida pede cuidado
e cooperação. O capitalismo sacrifica vidas, cria trabalhadores que
são verdadeiros escravos “pro tempore” e pratica trabalho infantil em
vários paises.
Os negociadores e os lideres políticos em Copenhague ficaram reféns
deste sistema. Esse barganha, quer ter lucros, não hesita em pôr em
risco o futuro da vida. Sua tendência é autosuicidária. Que acordo
poderá haver entre os lobos e os cordeiros, quer dizer, entre a
natureza que grita por respeito e os que a devastam sem piedade?
Por isso, quem entende a lógica do capital, não se surpreende com o
fracasso da COP 15 em Copenhague. O único que ergueu a voz, solitária,
como um “louco” numa sociedade de “sábios”, foi o presidente Evo
Morales: “Ou superamos o capitalismo ou ele destruirá a Mãe Terra”.
Gostemos ou não gostemos, esta é a pura verdade. Copenhague tirou a
máscara do capitalismo, incapaz de fazer consensos porque pouco lhe
importa a vida e a Terra mas antes as vantagens e os lucros materiais.
Texto: Leonardo Boff - Teólogo.
Fica a esperança de organização da Sociedade para que Junt@s possamos quem sabe mudar a rotina?
-Uma jovem e talentosa atriz de uma novela muito popular, Beatriz
Drumond, sempre que fracassam seus planos, usa o bordão:”É a treva”.
Não me vem à mente outra expressão ao assistir o melancólico desfecho
da COP 15 sobre as mudanças climáticas em Copenhague: é a treva! Sim,
a humanidade penetrou numa zona de treva e de horror. Estamos indo ao
encontro do desastre. Anos de preparação, dez dias de discussão, a
presença dos principais líderes políticos do mundo não foram
suficientes para espancar a treva mediante um acordo consensuado de
redução de gases de efeito estufa que impedisse chegar a dois graus
Celsius. Ultrapassado esse nível e beirando os três graus, o clima não
seria mais controlável e estaríamos entregues à lógica do caos
destrutivo, ameaçando a biodiversidade e dizimando milhões e milhões
de pessoas.
O Presidente Lula, em sua intervenção no dia mesmo do encerramento, 18
de dezembro, foi a único a dizer a verdade:”faltou- nos inteligência”
porque os poderosos preferiram barganhar vantagens a salvar a vida da
Terra e os seres humanos.
Duas lições se podem tirar do fracasso em Copenhague: a primeira é a
consciência coletiva de que o aquecimento é um fato irreversível, do
qual todos somos responsáveis, mas principalmente os paises ricos. E
que agora somos também responsáveis, cada um em sua medida, do
controle do aquecimento para que não seja catastrófico para a natureza
e para a humanidade. A consciência da humanidade nunca mais será a
mesma depois de Copenhague. Se houve essa consciência coletiva, por
que não se chegou a nenhum consenso acerca das medidas de controle das
mudanças climáticas?
Aqui surge a segunda lição que importa tirar da COP 15 de Copenhague:
o grande vilão é o sistema do capital com sua correspondente cultura
consumista. Enquanto mantivermos o sistema capitalista mundialmente
articulado será impossível um consenso que coloque no centro a vida, a
humanidade e a Terra e se tomar medidas para preservá-las. Para ele
centralidade possui o lucro, a acumulação privada e o aumento de poder
de competição. Há muito tempo que distorceu a natureza da economia
como técnica e arte de produção dos bens necessários à vida. Ele a
transformou numa brutal técnica de criação de riqueza por si mesma sem
qualquer outra consideração. Essa riqueza nem sequer é para ser
desfrutada mas para produzir mais riqueza ainda, numa lógica obsessiva
e sem freios.
Por isso que ecologia e capitalismo se negam frontalmente. Não há
acordo possível.O discurso ecológico procura o equilíbrio de todos os
fatores, a sinergia com a natureza e o espírito de cooperação. O
capitalismo rompe com o equilíbrio ao sobrepor-se à natureza,
estabelece uma competição feroz entre todos e pretende tirar tudo da
Terra, até que ela não consiga se reproduzir. Se ele assume o discurso
ecológico é para ter ganhos com ele.
Ademais, o capitalismo é incompatível com a vida. A vida pede cuidado
e cooperação. O capitalismo sacrifica vidas, cria trabalhadores que
são verdadeiros escravos “pro tempore” e pratica trabalho infantil em
vários paises.
Os negociadores e os lideres políticos em Copenhague ficaram reféns
deste sistema. Esse barganha, quer ter lucros, não hesita em pôr em
risco o futuro da vida. Sua tendência é autosuicidária. Que acordo
poderá haver entre os lobos e os cordeiros, quer dizer, entre a
natureza que grita por respeito e os que a devastam sem piedade?
Por isso, quem entende a lógica do capital, não se surpreende com o
fracasso da COP 15 em Copenhague. O único que ergueu a voz, solitária,
como um “louco” numa sociedade de “sábios”, foi o presidente Evo
Morales: “Ou superamos o capitalismo ou ele destruirá a Mãe Terra”.
Gostemos ou não gostemos, esta é a pura verdade. Copenhague tirou a
máscara do capitalismo, incapaz de fazer consensos porque pouco lhe
importa a vida e a Terra mas antes as vantagens e os lucros materiais.
Texto: Leonardo Boff - Teólogo.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Gabriela e a COM-VIDA.
Cada momento e cada atividade, que vivenciamos em nossas vidas são de grande valia, pois, estes momentos nos proporcionam experiências maravilhosas!
BOM DIA!
BOOOM DIIIA!
BOOOOOOOOOOOM DIIIIIIIIIIIIIIIIIIA!
Por: Gabriela Almeida
Coletivo Jovem de Meio Ambiente de Roraima
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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