sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Um pouco de História no projeto Cinema e Meio Ambiente...Jenipaúba de Colares.

O projeto está cerca de 6 meses no município de Colares onde tem a finalidade de trabalhar a Educação Ambiental nas escolas da região.Mais diante de varios problemas que estamos expostos em nosso dia-a-dia, há de ser ter histórias para ser contar...A idéia do projeto é essa mesma de fazer acontecer, de exercitar a imaginação dessa juventude.
Leia as descobertas desse município que fica, como já informamos por aqui há 90 km da capital.


Na época da colonização da região, essa área de Jenibaúba de Colares havia muita produção de Jenipapo.Onde o cultivo era primitivo.
A localidade/comunidade de Jenipaúba de colares existe a mais de 200 anos por volta de 1847 - fonte de moradores -. O povoamento a principio ocorreu com a compra das terras e na construção de uma grande fazenda por uma moradora que provavelmente seria Catarina de Sena onde migrou do municipio da Vigia onde fez história na região por ser muito rica e tinha uma grande preoculpação com suas terras.
Em antigas escrituras deixadas por Catarina de Sena onde boa parte de sua vida e história estão relatadas, o nome da Fazenda/Sítio foi batizado de Porto Feliz, onde começou a dividi-lá para varios Serigueiros que viam da Vigia e povoaram a região.

Lenda.
Catarina de Sena tinha uma filha que se chamava Maria Eduarda e na época estava preste a completar 15 anos. Logo a comunidade que já estava em desenvolvimento pela divisão das terras se organizou para fazer uma grande festa para homenagear a filha. Diz a lenda que um Índio se apaixonou por Maria e logo Catarina de Sena, ficou sabendo e não aprovou, pois, a filha era muito nova e a mãe tinha outros planos para a mesma.
Como na região havia muito Jenipapo o índio apaixonado tratou logo de presentiar a amada com uma canoa da madeira do Jenipapo, e saiu pelo rio Guajará -mirim (nome atual) para presentia-lá.
A jovem Maria ficou muito feliz pela sua demostração e valentia, mais dona Catarina ao ver à cena não gostou. Ficou ali sem saber o que fazer, ao observa o tal presente(canoa) oferecido a sua filha. Ficou maravilhada pela cor e brilho da madeira da qual foi feita. Ao pergunta ao índio que materia prima tinha feito a mesma ele não exitou e disse que era de Jenipaúba.Catarina gostou muito do nome, aceitou o romance do índio com a filha e homenageou a comunidade de Jenipaúba da Fazenda, que seria mais tarde chamada de Jenipaúba de Colares da qual é conhecida hoje.


*História contada:Maria do carmo monteiro-Presidente da associação de microprodutores de Jenipaúba de colares e professora da escola "Dom tadeu prost".

sábado, 1 de agosto de 2009

Fotografia: Essa não é a verdade

Em seus primórdios, enquanto possibilidade técnica de registro da imagem ao final do séc XIX, a fotografia fora reconhecida como um espelho da realidade, graças ao poder mágico e sedutor de uma chapa de prata polida, tal qual espelho, que magnetizava os íons agregando a prata.Da sinergia entre a mecânica, a ótica, a física e a química fez-se a imagem. O aparato incorporara os padrões de representação renascentista, por meio da perspectiva, determinando que a imagem fotográfica logo fosse confundida com a realidade.
A caráter homonológico atribuído a fotográfica, fora perdendo força com o anarquismo das vanguardas modernistas nos meados do século XX. Experiências expansivas de artistas como Man Ray, Moholy-Nagy e Rodchenko, Dentre outros, desconstruíram esse caráter indicial inerente, modificando o paradigma da função representativa irrevogavelmente, hibridizando as fronteiras da imagem fotográfica.
Com o surgimento da tecnologia digital, a partir da década de oitenta, as possibilidades de manipulação da imagem ampliam-se, alterando-se o papel que a fotografia vinha exercendo, há quase dois séculos, como documento da realidade. Dado a facilidade de alteração da matriz Virtual – “ um análogo purificado a transformado pelo calculo” , nas palavras de Edmond Couchot - o caráter de verosimilhança atribuído à imagem fotográfica teve seu golpe de misericórdia, quando o binário “zero e um” substitui a matriz física. Troca-se a prata sensível do filme pelo CCD, o grão do negativo pelo pixel, o ISSO pelos bytes.
Na aurora do terceiro milênio, no contexto da popularização (democratização?) da câmeras digitas, essa transformação no suporte, além de alterar a tecnologia de registro da luz, possibilitou outras estratégias de apreensão do tempo e do espaço, modificando a relação como o ato fotográfico. O lugar da fotografia no cotidiano ampliam-se com as câmeras digitais portáteis , vídeos, TVs, álbuns virtuais, sites, emails, orkuts, flickr, etc. Vive-se a aldeia global profetizada por Macluhan. “O mundo hoje está condicionado, irresistivelmente a visualizar” e “ a imagem quase substitui a palavra”, profetizara Berenice Abott, já em 1951. Até mesmo a palavra imagem, segundo Paul Virillo, Já não é suficiente para designar o contexto de um mundo dominante pela tecnologia digital, uma avassaladora invasão que transformou impulsos de luz em imagem eletro-óptica.
Diante desse furação irreversível e , dado a complexidade das relações da imagem com o consumidor(leitor?), algumas questões? Haverá ainda espaço para a analógica? Qual o valor de autenticidade da imagem digital? O que muda no ato fotográfico? Onde estão e estarão os arquivos fotográficos virtuais? Até quando permanecerão? E mais: Como pensar visualmente? Como visualizar a existência? Como ponderar a simbiose entre fotografia e realidade? Que possibilidades a tecnologia digital favorece ao campo da arte? Dentre todos esses questionamentos interessa-nos aqui, primordialmente, o último.

Texto:Eduardo Kalif