terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Liliane Gardin o Encontro e Colares.

O que vocês iram ler abaixo é um texto que foi produzido por Liliane Gardin -Cj/MT, onde a mesma declara suas impressões de sua visita ao município de colares para participar e colaborar com o Encontro de COM-VIDA's que aconteceu no dia 28 de novembro de 2009 no centro da cidade.


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Após uma noite intensa com gosto de reggae, as margens do grande rio, iluminado pela lua, no momento agora de manhã encontramos-nos de pé num ônibus lotado a caminho de Colares-PA, a cidadezinha conhecida pelas histórias de abduções por ETs. Atravessamos de balsa as Águas Salgadas de um rio que não me lembro o nome agora, seguimos mais trinta minutos e... Chegamos à pequena e bela Colares, onde acontecia o Encontro das COM-VIDAs que tinha como atuação o Projeto Cinema e Meio Ambiente na Escola. Conhecemos então a Orla, onde podia se ver barcos pesqueiros que iam e vinham, búfalos que se refrescavam na parte alagada e cheia de vegetação. Descemos então até a areia onde graficamente representamos os Estados pertencentes a Amazônia, logo banhávamos e trocávamos saberes. Participamos então das atividades que antecedia o almoço, a apresentação e breve mensagem dos Estados ali presentes e o fechamento pela dinâmica “mereketê” conduzida por Fábio – AC. Após o almoço nos dividimos em dois grupos, um deles ficaria em Colares e acompanharia as atividades com a COM-VIDA e outro, do qual fiz parte, iria para o Sitio Canto do Urutaí do Professor Eduardo, a tarde o primeiro iria se juntar a nós no sitio. Carregados com as mochilas e mais os alimentos que compramos nos mercadinhos do caminho, seguimos avante, para uma caminhada de pouco mais de uma hora, nas areias quentes do chão que pisávamos. No fim do percurso lá estávamos em meio à mata “e como foi difícil sentir mata ao longo das beiradas devastadas da estradinha” podia se sentir um misto de energias que emanava do ambiente, fomos recebidos pelos caseiros que ofereceram a casa do Professor para nos acolher. Após acomodados, fomos ao sitio vizinho, de Tereza, tomar banho de igarapé, “água gelada, espaço de rituais, pedras de diversas cores espalhadas pelo ambiente”, encontramos então um companheiro, do coletivo Aldeia da Paz, com quem conversamos sobre o sistema e o modelo econômico atual, o retrocesso das políticas brasileiras que ignorantemente caminha contra a vida que possuímos, a acomodação da massa diante da falta de informação, a necessidade de união e agregação as lutas. De volta ao ambiente de Eduardo, nos alimentamos e descansamos nas esteiras estendidas pela sala. Quando acordamos já era noite, recebemos então a noticia de que o outro grupo devido ao cansaço e falta de espaço para deixar as malas não iriam se juntar a nós, a expectativa de sentir a união coletiva, ali nos foi quebrada, o que causou um sentimento de mágoa na maioria presente, que movidos por este, se sentiram no direito de julgar umas e outras ações, enchendo o ambiente de energias ruins, mas que ao fim de tudo reconheceram a falha, logo Eduardo chegou acompanhado pelos moto-taxistas que os levaram até a cidade, onde nos hospedamos numa pousada onde os outros se encontravam. No dia seguinte, pela manhã com um querer muito grande de voltar as estas terras, nos despedimos e saímos em direção a Belém, de lá Aeroporto, de lá as lutas diárias de cada um, coletivo


Por: Liliane Gardin-Coletivo Jovem de Meio Ambiente do Mato Grosso

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