Igarapé que corta a sede do município da Vigia, o Rocinha, separa o centro da cidade do bairro do Arapiranga. Nasce (se é que ainda nasce) no bairro da Vila Nova, próximo à rua Generalíssimo Deodoro e sai cortando o bairro do Sol Nascente onde havia, há alguns anos, várias plantações de arroz em uma área de mangue (talvez venha daí o nome rocinha) e vai despejar suas águas no Rio Guajará-mirim ou no Furo da Laura.
Sua paisagem já teve um brilho mais natural, num passado não muito distante, quando em suas margens e leito, havia uma flora e fauna exuberante. Uma natureza existente em poucos municípios brasileiros com um mangue implantado pelas mãos da natureza em seu centro urbano.
A partir da década de 80, algumas partes do seu percurso começam a sofrer o aparecimento de sub-moradias.Já no inicio da década de 1990, começa a ser aberta uma rua no bairro do Bariri, prolomgando a Rua Pedro Rayol até o muro da Escola Ester N. Bibas,onde seria feita uma ponte de madeira sobre um dos braços do Rocinha, ligando definitivamente uma outra parte do centro da cidade ao bairro do Arapiranga. Aí, nesse trecho, era onde se encontrava uma parte do mangue do Rocinha; o outro, estava no Sol Nascente. Nessa primeira parte, mais próximo da orla fluvial do município, havia até matadouro construindo e executado sem as mínimas condições estruturais possíveis, se constituindo, assim, como um dos primeiros focos de poluição dessa área de mangue.
A vigia já foi considerada uma cidade pequena, onde a população estava concentrada apenas próximo à orla fluvial, atual centro histórico, e no bairro do Arapiranga. Com o passar do tempo, sua malha urbana foi se espraiando para além do centro histórico e desmatando áreas até então pouco transforma pela ação antrópica, como podemos constatar no atual bairro da Vila Nova (que está emendando com o recente, Novo Horizonte); o Sol Nascente, que também se uniu com o Arapiranga na área do mangue do igarapé da rocinha, e o bairro do Tujal, que cresceu para além da rodovia que liga o município à capital do estado. Atualmente, a Vigia é considerada uma cidade de médio porte, junto com suas grendeza de fluxo de capitais ligado à pesca e ao crescente comércio, possui os problemas sociais comuns a cidades desses porte.
Fonte: Santos, João Paulo - Livro: Vigiando a cidade, um olhar contemporâneo sobre a sociedade e o espaço da Vigia.
Vigia-PA, 2009
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